segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

No Tratamento com o Depressivo : Medicamentos e Psicoterapias.




  • Como tratar a depressão?
O tratamento antidepressivo deve ser entendido de uma forma globalizada levando em consideração o ser humano como um todo incluindo dimensões biológicas, psicológicas e sociais. Portanto, a terapia deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de vida e a terapia farmacológica.Deve-se mencionar que não se trata "depressão" de forma abstrata mas sim pacientes deprimidos, contextualizados em seus meios sociais e culturais e compreendidos nas suas dimensões biológicas e psicológicas.
Fatores que influenciam no sucesso psicoterápico incluem: motivação, depressão leve ou moderada, ambiente estável e capacidade para insight.
Mudanças no estilo de vida deverão ser debatidas com cada paciente, objetivando uma melhor qualidade de vida.
Os antidepressivos produzem, em média, uma melhora dos sintomas depressivos de 60% a 70%, no prazo de um mês, enquanto a taxa de placebo é em torno de 30%.

  • Como é dividido o tratamento antidepressivo?

Usualmente é dividido nas seguintes fases: aguda, continuação (até 6 meses) e preventiva (após 6 meses). Na prática, esta divisão tem importância relativa, visto que a droga com a qual o paciente melhorou deve ser prescrita nas fases subseqüentes do tratamento. A pergunta mais apropriada seria: por quanto tempo deve-se prescrever a medicação?
  As doses de continuação devem ser as mesmas ou próximas às doses terapêuticas.
 Em pacientes idosos, a terapia de continuação até dois anos após a melhora pode ser necessária. Uma taxa de recaída de até 50% é observada se o tratamento é inadequado, ou nenhum tratamento após resposta inicial é observado.

  • Quais os fatores de risco para a recaída e recorrência?

Distimia, doenças psiquiátricas não-afetivas, distúrbio médico crônico, história de recaída prévia, tentativas de suicídio, características psicóticas, e severos danos no funcionamento do indivíduo aumentam a probabilidade de agudização do episódio atual (recaída) e de episódios subseqüentes (recorrência).

  • Antidepressivos causam dependência ou síndrome de retirada?

  Síndromes de descontinuação podem ser observadas em alguns pacientes ou até mesmo a  retirada tem sido mencionada na literatura, incluindo alterações somáticas e gastrintestinais, alterações do sono, distúrbio dos movimentos, e hipomania.
 Sintomas de descontinuação normalmente aparecem de 1 a 14 dias após o fim do tratamento e melhoram dentro de uma semana. Síndrome de descontinuação não deve ser confundida com recorrência de depressão, que começa em média de 3 a 15 semanas após o término de utilização do antidepressivo e continua a piorar. Sintomas de retirada podem ocorrer com dosagens não tomadas.
 Os tratamentos do sintoma de descontinuação incluem: reinstalação de baixas doses do antidepressivo, uso de anticolinérgicos para alívio sintomático ou simplesmente o ato de esperar.


Algo que vem contribuindo muito no tratamento para depressivos, são atividades físicas. 

    "O exercício físico tem tido uma importante participação no tratamento da depressão. A atividade física proporciona benefícios físicos e psicológicos como a diminuição da insônia e da tensão, e o bem estar emocional, além de promover benefícios cognitivos e sociais a qualquer indivíduo.
   Alguns estudos indicam que o efeito antidepressivo da atividade física pode ser verificado rapidamente, sendo que 3 semanas de algumas seções regulares são suficientes para se perceber a melhora no estado de humor em pacientes com depressão subclínica.
   Pela avaliação dos psiquiatras os principais efeitos antidepressivos da atividade física estão associados aos sintomas físicos da síndrome, onde a diminuição da insônia foi a variável mais citada pelos psiquiatras."











SOUZA, Fábio Gomes de Matos e. Tratamento da depressão. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 1999, vol.21, suppl.1, pp. 18-23. ISSN 1516-4446.  doi: 10.1590/S1516-44461999000500005
 

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